sábado, 27 de fevereiro de 2010

O Brasil decolou. E você, também vai decolar?


Para pensar...

por
Márcio Miranda


Em 2001 os economistas do banco americano Goldman Sachs criaram a sigla BRIC, com as letras iniciais dos países cujas economias poderiam vir a dominar o mundo.
Embora a esperança seja uma característica presente na cultura brasileira, muito bem sintetizada na frase — “brasileiro, profissão esperança” — o certo é que nem você nem eu acreditávamos que aquele “B” alinhado garbosamente ao lado de potências gigantescas como Rússia, índia e China poderia fazer referência ao nosso Brasil.

Você duvidou… eu duvidei… e não é que eles estavam certos?
Tanto isso é verdade que o título de capa da edição de novembro 2009 da revista inglesa “The Economist” estampa, em letras garrafais — Brazil takes off — acima da foto do Cristo Redentor sendo impulsionado por um foguete.

Mas as previsões favoráveis ao Brasil não param por aí. Você tem ideia do que será viver em um país que ocupa a quinta maior economia do mundo? Pois pode ir se preparando porque será essa a posição do nosso país lá pelos anos 2014.

A pergunta a ser colocada agora é: O Brasil, como país, fez a sua parte e não é mais o "gigante adormecido". E nós, como empresários, executivos, líderes de equipes e profissionais liberais, estamos fazendo a nossa?

Ao ler a reportagem da revista fui invadido por um sentimento patriótico que me encheu de orgulho. Ver o Brasil em situação privilegiada é, afinal, um sonho que se concretiza. Mas não posso negar que também senti o peso da responsabilidade, uma forma mais branda de dizer “medo”.

Quer ver alguns flashes que rapidamente passaram pela minha mente?

. Como precisará ser a minha empresa para não desaparecer no meio de tanto crescimento?

. Qual deverá ser o perfil das minhas equipes de profissionais para “lutar” pela nossa fatia de mercado?
. Que tipo de tecnologia precisarei utilizar para enfrentar a velocidade e voracidade do mercado?
. Qual o volume de investimentos necessários e em que áreas deverão ser aplicados?
. Se a tecnologia hoje existente já dificulta a aproximação com clientes, como ficará esse relacionamento no futuro se a tecnologia não para de evoluir?
. Se um dos principais objetivos das empresas clientes é a redução de custos com acréscimo de qualidade e eficácia, que tecnologia deverei desenvolver para aplicar os meus cursos e palestras? Como estará a minha empresa que importa máquinas e equipamentos pesados da Rússia?
. Se as empresas estão cada vez mais voltadas para a “conveniência” e a tecnologia incentiva essa tendência, devo continuar investindo em cursos presenciais ou via internet? Viajar mais ou conversar através de videoconferências?

Estes são apenas alguns exemplos de respostas que precisarei encontrar para enfrentar o rolo compressor que vem pela frente. Todos nós sabemos que crescimento econômico gera dinheiro, dinheiro atrai concorrência, e concorrência nos empurra para diante, sem falar nas enormes dores de cabeça que também provoca. Mas esse é o preço do sucesso que todos precisamos pagar.

Esse meu artigo tem o objetivo de convidá-lo a uma reflexão.

O mundo inteiro diz: “O Brasil decolou!”.

. E a sua empresa, também decolou?
. E você, como profissional, está fazendo tudo que precisa para decolar?

Eu recomendo que você não espere muito. Se você não começar agora mesmo a:

. Traçar objetivos para saber onde vai querer estar em 2014;
. Definir estratégias que possam levá-lo a atingir os objetivos, e
. Começar a agir imediatamente correrá um sério risco de nadar…nadar… para morrer na praia. Ou ainda, usando a analogia do foguete, você decola - fica sem força depois de alguns minutos e se estraçalha na terra...

É uma questão de atitude (e altitude). Ou você decola com o Brasil, ou descola do grupo de empresas e profissionais que estão ajudando a construir a nova potência mundial. Não deve ser do seu tempo, mas no passado já se disse: “Brasil — ame-o ou deixe-o!”. As situações poderiam ser diferentes, mas a mensagem é a mesma. O que você prefere, torcer pelo Brasil na Copa do Mundo de Futebol de 2014 como um vencedor ou como um derrotado?

Como um vencedor seria melhor, concorda comigo?

Então decole!


Márcio Miranda é presidente da Workshop Seminários Práticos e
palestrante especializado em Negociação. Autor dos bestsellers
“Negociando Para Ganhar” e “Tá Fechado!”. Descubra novas dicas e
artigos no
site
www.workshop.com.br

2 comentários:

  1. Bela matéria André.

    Parabéns,
    Ronaldo

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  2. Olá meu querido amigo!
    Sabe, embora o texto seja bonito, penso que não condiz com a nossa realidade aqui.
    Esta imagem estupenda de um “Brasil Potência” projetada lá fora nada mais é do que obra do fabuloso marketing deste Governo aliado a sua política de dominação. Empresta-se bilhões ao FMI, doa-se milhões ao Haiti e tantos outros, e aqui dentro em nossa casa???...ora, contamos com um assistencialismo camuflado que concede bolsa família, bolsa celular, vale cultura, auxílio reclusão e etc...
    Na verdade, as grandes mazelas continuam expostas para quem não acredita em miragens. A Saúde Pública continua enferma e muito longe de ser curada, a Segurança Pública despreparada e desprotegida e a Educação carente e ignorante.
    Os aposentados e pensionistas da empresa privada que já deram sua contribuição ao país e ao INSS continuam lesados e ignorados por nossos Governantes que também estão muito longe de reparar tal injustiça devolvendo-lhes seus direitos e dignidade.
    Nossas fronteiras são invadidas não só pelas drogas, mas por uma diversidade de mercadorias ilegais que torna a competição no mercado nacional muito desleal levando muitas micro e pequenas empresas a falência.
    Vivemos num paraíso onde a obsessão pelo poder, a corrupção e a impunidade imperam com pontencialidade...então, onde está a potência que querem enxergar???... por enquanto só miragem!!!!

    Beijos,
    Helena

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